A faculdade Santa Cruz é um colégio situado em Valladolid (Espanha). Trata-Se de uma das organizações universitárias mais antigas e a segunda de seu tipo em Portugal. A antiga fundação decaiu devido a das reformas universitárias e administrativas dos últimos Reis (desfecho do século XVIII), que deram primazia a inteligência acadêmica e profissional frente à ascensão a partir de contatos entre várias famílias bem situadas.
A escola Santa Cruz desapareceu com as primeiras desamortizações do Estado liberal do século XIX. O funcionamento do Colégio de Santa Cruz estava, em princípio, regida por uma Constituição ou regras fundamentais aprovadas em 1494, meses antes da morte do cardeal; até dessa forma, se haviam aplicado provisoriamente os regulamentos do San Bartolomé de Salamanca.
A faculdade de Santa Cruz tinha um número alterável de praças, em princípio, 27, que recebiam o nome de “bolsas de estudo” da banda de pano vermelho característica do uniforme do colégio. Havia um número determinado de vagas para cada obediência ministrada pela Universidade, e no momento em que ficava livre pra uma bolsa, anunciava-se a vaga e os próprios universitárias procediam a um enérgico análise das condições de cada aspirante. Se exigia uma idade mínima (21 anos), celibato, renda familiar, não-correspondência de parentesco ou procedência geográfica com um dos universitárias e superação de certos graus acadêmicos (era imprescindível ter o título de bacharel).
Mas os rigorosos requisitos de acesso foram-se modificando com o tempo, permitindo o ingresso de pessoas que não cumpriram um deles, com a aquiescência do colégio. Apesar de não constar nas Constituições, em todo o momento a faculdade Maior pesquisou e exigiu a limpeza de sangue dos candidatos.
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Esta institucionalização da segregação pros judeus é uma das mais antigas da Universidade espanhola, e corresponde a uma maneira que vai calada com potência pela população dos séculos XV e XVI. O cardeal Mendoza orientou a vida universitária pro espírito próprio de um convento, em um ambiente por si mesmo religioso (dado que o estatuto do estudante universitário foi assimilada ao do clero).
Os universitárias capelães se encarregavam da missa e da direção de orações diárias; se exigia o celibato e se procurava que os universitárias guardar castidade. Cada bolsista recebia a roupa própria do Santa Cruz e tinha um quarto individual; as duas refeições tradicionais da data se realizavam em comum. Ademais, imperava um lugar de estudo, já que, além das aulas da escola, as universitárias receberam formação complementar (lições em sala de Aula Triste, exercício da biblioteca); falavam entre eles, só em latim, e apresentavam publicamente exposições e provas académicas.
Estas condições favoreceram o sucesso dos universitárias nos exames de graduação e de acesso às cátedras. Os Colégios Maiores da Coroa de Castela passaram por uma prosperidade característico no decorrer da Idade Moderna, que alterou os princípios de suas fundações.
